This Side of Paradise, F. Scott Fitzgerald
Não é o livro mais famoso do Scott Fitzgerald, mas me conquistou. A história de um jovem americano que aprende a amar com indiferença e amar com uma paixão fulminante e que luta por uma posição social quando, na verdade, é um desajustado prende a atenção do leitor.
Amory é um personagem incrível. Acompanhar seus debates e questionamentos morais é entrar num mundo de loucura psicológica de maneira privilegiada (digo, sem sair louco ou deprimido – pelo menos não clinicamente).
O jovem que “sempre sonhava em se tornar, nunca em ser” também interage com algumas personagens femininas fortes e originais. Rosalind, “cuja filosofia é carpe diem para si mesma e laissez faire para os outros” é sem dúvida um dos melhores exemplos, mas Eleanor, com seus conhecimentos sobre Freud e as amarras do casamento, não fica atrás.
As mulheres da vida de Amory tocam em diferentes pontos do protagonista, que fica cada vez amargurado em seus próprios pensamentos (insanos?) – sou egoísta, mas capaz de atos altruístas, sexo-beleza-maldade estão inevitavelmente ligados; e por aí vai.
Sem esquecer: o livro ainda conta com uma ponta quase aleatória de terror sobrenatural. Esse vai para a estante.